sábado, 21 de abril de 2012

Nossa, mas eu não sabia disso!

Mulheres, homens e seus contatos favoritos

Estudo revela as diferentes formas como homens e mulheres se vinculam aos três principais contatos de suas agendas telefônicas

AFP/Kimihiro Hoshino 
Foto: Thinkstock/Getty ImagesMulheres conversam mais e por mais tempo do que os homens e dão preferência aos contatos masculinos quando são jovens
Mulheres em idade reprodutiva passam muito mais tempo se comunicando com o sexo oposto do que os homens, mas esse comportamento vai mudando à medida que envelhecem e, a partir de 50 anos, seus contatos favoritos no celular são mulheres mais jovens, possivelmente suas filhas. segundo revelou um estudo publicado nesta quinta-feira, baseado no rastreamento de 1,95 bilhões de telefonemas e mensagens de SMS.
As descobertas sustentam teorias que enfatizam a importância dos vínculos entre mães e filhas na organização das sociedades humanas. A pesquisa, feita em conjunto por cientistas de Grã-Bretanha, Finlândia, Estados Unidos e Hungria, rastreou a origem e o destino de telefonemas celulares e mensagens de texto entre 3,2 milhões de pessoas durante sete meses.


Segundo o estudo, publicado no periódicoScientific Reports, as estratégias sociais de homens e mulheres mudam com o tempo e existem indicações de que "a estrutura íntima das redes sociais humanas é muito mais impulsionada pelos interesses femininos do que pelos masculinos", explicou Robin Dunbar, do Instituto de Antropologia Cognitiva e Evolutiva da Universidade de Oxford.
"Os homens são mais casuais em seus relacionamentos sociais, enquanto as mulheres conhecem quais são seus objetivos sociais e vão atrás deles", acrescentou.
Os autores do estudo assumiram que as comunicações via celular representam a maioria das relações significativas das pessoas e que a frequência e a força dessas comunicações é um sinal importante de intimidade.
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As principais concluões do estudo:
1. As mulheres quando estão em idade reprodutiva investem mais do que os homens em relações com o gênero oposto: a maioria das ligações das assinantes era para um ou mais homens. Os homens, embora também mostrem uma preferência pelo sexo oposto nessa fase, se comunicam com menos frequência do que as mulheres.
2. À medida que envelhecem, no entanto, o padrão de comunicação das mulheres vai mudando lentamente e a maioria das ligações delas passa a ser para outra mulher mais jovem, que os autores assumiram, com base na diferença de idade, tratar-se de suas filhas e, mais tarde, de seus netos;
3. As mulheres, em geral, não têm um 'melhor amigo' e suas ligações são distribuídas igualmente entre três principais contatos. Os homens, ao contrário, fixam na 'pole position' suas esposas ou parceiras, no segundo e no terceiro lugar mantêm um mesmo padrão, dividido entre homens e mulheres, sem grandes discriminações, nem de gênero nem de idade;
O co-autor do estudo, Kimmo Kaski, da Universidade Aalto, na Finlândia, afirmou à AFP que talvez os resultados fossem "algo óbvios", mas ressaltou que esta é a pimeira evidência extraída de dados reais.
Ao realizar o estudo, os cientistas sabiam apenas a idade e o gênero dos indivíduos, a duração de seus telefonemas e o número de mensagens enviadas, além dos códigos postais.
As informações foram fornecidas por uma companhia telefônica de um país europeu não identificada e as identidades das pessoas e outros dados pessoais foram preservados.

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