sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

PQP, chorei de tanto rir

Meu Querido Diário:

Hoje começo a fazer dieta. Preciso perder 8 kg . 
O médico me aconselhou a fazer um diário, onde devo colocar minha alimentação e falar sobre o meu estado de espírito. 
Sinto-me de volta à adolescência, mas estou muito empolgada com tudo. 
Por mais que dieta seja dolorosa, quando conseguir entrar naquele vestidinho
preto maravilhoso, vai ser tudo de bom.

Primeiro dia de dieta:
Uma fatia de queijo branco. 
Um copo de diet shake. 
Meu humor está maravilhoso. 
Me sinto mais leve.

Segundo dia de dieta:
Uma saladinha básica. 
Uma fatia de queijo branco. 
Algumas torradas e um copo de iogurte. 
Ainda me sinto maravilhosa. 
A cabeça dói um pouquinho, mas nada que uma aspirina não resolva.

Terceiro dia de dieta:
Acordei no meio da madrugada com um barulho esquisito. 
Achei que fosse ladrão. 
Mas, depois de um tempo percebi que era o meu próprio estômago. 
Roncando de dar medo. 
Tomei um litro de chá. 
Fiquei mijando o resto da noite.
Anotação: Nunca mais tomo chá à noite.

Quarto dia de dieta:
Estou começando a odiar salada. 
Me sinto uma vaca mascando capim. 
Estou meio irritada. 
Mas acho que é o tempo. 
Minha cabeça parece um tambor. 
Janaína (aquela estagiaria novinha) comeu uma torta alemã hoje no almoço. 
Mas eu resisti. 
Comi só duas fatias de queijo branco.
Anotação:Odeio Janaína

Quinto dia de dieta:
Juro por Deus que se ver mais um pedaço de queijo branco na m inha frente, eu
vomito! 
No almoço, a salada parecia rir da minha cara. 
Gritei com o boy hoje! 
E com a Janaína. 
Preciso me acalmar e voltar a me concentrar. 
Comprei uma revista com a Gisele na capa. 
Minha meta. 
Não posso perder o foco.

Sexto dia de dieta:
Estou um caco. 
Não dormi nada essa noite. 
E o pouco que consegui, sonhei com um pudim de leite. 
Acho que mataria hoje por um brigadeiro...

Sétimo dia de dieta:
Fui ao médico. 
Emagreci 250 gramas . 
Tá de sacanagem! 
A semana toda comendo mato. 
Só faltando mugir e perdi 250 gramas ! 
Ele explicou que isso é normal. 
Mulher demora mais emagrecer, ainda mais na minha idade. 
O FDP me chamou de gorda e velha! 
Anotação: Procurar outro médi co.

Oitavo dia de dieta:
Fui acordada hoje por um frango assado. 
Juro! 
Ele estava na beirada da cama, dançando dança do ventre.
Anotação: O pessoal do escritório ficou me olhando esquisito hoje, Janaína
diz que é porque estou parecendo o Jack do 'Iluminado'.

Nono dia de dieta:
Não fui trabalhar hoje. 
O frango assado voltou a me acordar, dançando a kara karamba kara karaô
dessa vez. Passei o dia no sofá vendo tv. 
Acho que existe um complô. 
Todos os canais passavam receita culinária. 
Ensinaram a fazer Torta de morangos, salpicão e sanduíche de rocambole.
Anotação:Comprar outro controle remoto, num acesso de fúria, joguei o meu
pela janela.

Décimo dia de dieta:
Eu odeio Gisele Bundchen! 
Com photoshop até a Dercy Gonçalves fica gostosa.

Décimo-primeiro dia de dieta:
Chutei o cachorro da vizinha. 
Gritei com o porteiro. 
O boy não entra mais na minha sala e as secretárias encostam na parede
quando eu passo.

Décimo-segundo dia de dieta:
Sopa.
Anotação: Nunca mais jogo pôquer com o frango assado. 
Ele rouba.

Décimo-terceiro dia de dieta:
A balança não se moveu. 
Ela não se moveu! 
Não perdi um mísero grama! 
Comecei a gargalhar freneticamente. 
Assustado, o médico sugeriu um psicólogo. 
Acho que chegou a falar em psiquiatra. 
Será que é porque eu o ameacei com um bisturi?
Anotação: Não volto mais ao médico, o frango acha que ele é um charlatão.

Décimo-quarto dia de dieta:
O frango me apresentou uns amigos. A picanha é super gente boa, e a torta,
embora meio enfezada, é um doce.

Décimo-quinto dia de dieta:
Matei a Gisele Bundchen ! 
Cortei ela em pedacinhos e todas as fotos de modelos magérrimas que tinha em
casa.
Anotação: O frango e seus amigos estão chateados comigo. 
Comi um pedaço do Sr. Pão. 
Mas foi em legítima defesa. 
Ele me ameaçou com um pedaço de salame.

Décimo sexto dia:
Não estou mais de dieta. 
Aborrecida com o frango, comi ele junto com o pão. 
E arrematei com a torta.
Ela realmente era um doce ........

Frase de Reflexão:
'Certas dietas são simples: 
Basta cortar o açúcar, as frituras, as massas, as bebidas alcoólicas, os
pães e os pulsos.

Os palavrões não são os únicos culpados


O tempo está se abrindo, prometendo um lindo dia no estado do Alabama, especialmente na pequena Citronelle, cidadezinha do distrito de Mobile. Um grupo bastante otimista de alunos do ensino médio dali espera que, pelo menos por um dia, ninguém fale palavrões. Talvez as pessoas consigam substituir o linguajar obsceno por palavras mais amenas, ou mesmo pela expressão regional “Oh, pickles!”.
A Comissão Distrital de Mobile, através de uma solicitação de alunos que fundaram “clubes contra os palavrões” nas escolas Lott e Semmes Middle, declarou um veto às palavras obscenas durante toda a segunda-feira de 14 de fevereiro – dia dos namorados no país.
A comissão também disponibilizou aos alunos uma verba de US$5.000 para a organização de uma assembléia com a presença de McKay Hatch - adolescente californiano que em 2007 fundou o No Cussing Club como forma de tentar estimular toda uma nação que simplesmente adora proferir impropérios a parar de falar palavrões. “Conheço crianças que crescem em lares onde este linguajar obsceno é tão comum como o próprio inglês”, diz Merceria Ludgood, uma das integrantes da comissão distrital que engloba a cidadezinha de Citronelle– onde está localizada a Lott Middle School. “Os palavrões são uma questão menor, o grande problema é a civilidade. Nós nos tornamos uma nação mais medíocre”, acredita.
Fazer com que crianças em idade escolar parem de falar palavrões parece um trabalho de Sísifo. Porém, o movimento contra a linguagem obscena a duras penas vem conseguindo crescer nos últimos anos, especialmente com os próprios administradores de escolas, pais e alunos buscando novas formas de combater o bullying – atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, usados para intimidar outro indivíduo incapaz de se defender.
“Se você chama alguém usando um palavrão, isso já é um ato de bullying”, disse Nick Meinhardt, aluno da oitava série que preside o clube que deu início ao movimento contra os palavrões na Lott Middle School.
Em Connecticut, administradores de uma escola de Hartford tentaram aplicar multas de US$103 a alunos que usassem linguagem obscena. Mas, segundo um dos administradores, a iniciativa logo foi abandonada. Já o estado do Texas parece mais persistente na causa. Em outubro, um adolescente que confrontou outro aluno com um palavrão recebeu uma multa de US$340.
Palavrão x bullying

Foto: NYTAmpliar
Braceletes anti-palavrão são usados por quem se compromete a não usar linguagem obscena
Alguns especialistas afirmam que a noção de que os palavrões levam aos atos de bullying é uma interpretação errônea. A Academia Americana de Pediatria recentemente incluiu uma seção sobre bullying nas normas e diretrizes que definem o papel do pediatra na prevenção da violência entre os jovens. Os palavrões, porém, não foram mencionados no documento.

“As iniciativas contra a linguagem obscena simplesmente não funcionam”, é o que afirma Timothy Jay, professor de psicologia da Faculdade de Artes Liberais de Massachusetts e autor de cinco livros sobre linguagem e comportamento - dentre eles os títulos “Why We Curse” e “Cursing in America”. “Os xingamentos sempre existiram. Se tudo funcionasse, ninguém diria palavrões”, disse ele.
O movimento contra a linguagem obscena não é diferente das iniciativas contra as drogas, que trabalham sob o argumento de que a maconha abre as portas para outros entorpecentes. As verdadeiras questões são bem mais profundas do que simplesmente dizer não.
“Precisamos ensinar as pessoas a lidar com a raiva, ao invés de simplesmente dizer a elas para não fazer isso. Assim, estamos lidando apenas com um sintoma”, disse Jay.

Embora Mike Dean, outro integrante da Comissão Distrital de Mobile, tenha votado a favor do financiamento do programa anti-palavrões, ele também se referiu ao mesmo como um artifício. Aos 55 anos, Dean está mais focado nas questões de infra-estrutura. Ele diz que cinco mil dólares é o suficiente para comprar vários equipamentos para um parquinho infantil ou mesmo para pavimentar um estacionamento. “Na minha época, nos ensinavam o respeito. As crianças eram punidas”, ele diz.

Foto: NYTAmpliar
Na escola: proibido fumar, usar drogas, carregar armas e falar palavrões
Mesmo McKay, que está no ultimo ano do colegial da South Pasadena High School, na Califórnia, enfrenta dificuldades para manter o interesse da nação no “clube contra os palavrões”, fundado por ele em 2007. Anteriormente, o clube era muito mais solicitado: McKay era convidado para os noticiários matinais e para o programa “The Tonight Show With Jay Leno”. Ele atingiu seu auge quando convocou uma coletiva de imprensa, no ano passado, depois de o vice-presidente Joe Biden soltar um palavrão em rede nacional ao cumprimentar o Presidente Barack Obama pela aprovação da revisão do sistema de saúde do país.
Apesar da afirmação de Brent Hatch, pai de McKay, de que o movimento (patenteado por ele) já conte com 100 clubes em escolas e igrejas em todo o mundo e 20.000 integrantes online, a planejada turnê contra os palavrões por 60 cidades americanas fracassou por falta de verbas. E mesmo que Brent Hatch continue tentando recrutar escolas para a turnê “Bullied No More”, ele admite que o interesse tenha se limitado, em grande parte, aos estados da Califórnia e Arizona. Além disso, logo seu filho vai para a faculdade e o empreendimento familiar contra a linguagem obscena irá desaparecer.
Por isso, pai e filho vão aproveitar ao máximo a viagem ao Distrito de Mobile, onde eles pretendem dar as caras nos órgãos distritais para a proclamação do dia sem-palavrões e, em seguida, seguir caminho para a Lott Middle School, com seus 500 alunos.
Este não é o primeiro ataque contra a linguagem obscena realizado pelo clube desta escola. Em dezembro, foi organizada uma assembléia onde houve a distribuição de braceletes contra os palavrões, alunos se comprometeram com a causa e promessas foram feitas.

Mas, pelos corredores da escola, na semana passada, os pôsteres do movimento provocaram reações de reprovação - especialmente entre os garotos da oitava série.

Wayne Jenkins, 14 anos, disse que participou do pacto em dezembro e que participaria da assembleia. Mas ele não está completamente convencido de que isso faça alguma diferença. Para ele, falar palavrões é um habito que já está impregnado na sociedade.

“Eu tenho um irmãozinho de 4 anos e ele conhece todos os palavrões existentes”, diz.
Tradução: Claudia Batista Arantes

Entrevista de Emprego

Um sujeito está em uma entrevista para emprego. O entrevistador dirige-se ao candidato e diz:
- Vou lhe aplicar o teste final para sua admissão.
- Perfeito, diz o candidato.
Aí, o entrevistador pergunta:
- Você está em uma estrada escura e vê ao longe dois faróis emparelhados vindo em sua direção. O que você acha que é?
- Um carro, diz o candidato.
- Um carro é muito vago. Que tipo de carro? Uma BMW, um Audi, um Volkswagen?
- Não dá pra saber, né?
- Hum...- diz o entrevistador, que continua: - Vou te fazer uma outra
pergunta:
- Você está na mesma estrada escura e vê só um farol vindo em sua direção, o que é?
- Uma moto, diz o candidato.
- Sim, mas que tipo de moto? Uma Yamaha, uma Honda, uma Suzuki?
- Sei lá, numa estrada escura, não dá pra saber (já meio nervoso).
- Hmmm... - diz o entrevistador. - Aqui vai a última pergunta:
- Na mesma estrada escura, você vê de novo só um farol, menor que o anterior. Você percebe que vem bem mais lento. O que é?
- Uma bicicleta.
- Sim, mas que tipo de bicicleta, uma Caloi, uma Monark?
- Não sei.
- Você foi reprovado. - Diz o entrevistador.
Aí o candidato muito triste com o resultado, dirige-se ao entrevistador e fala:
- Mesmo eu não sendo aprovado achei interessante esse teste. Posso fazer uma pergunta ao senhor, nessa mesma linha de raciocínio?

E o entrevistador satisfeito responde: - claro que pode!
- O senhor está tarde da noite numa rua mal iluminada. Aí vê uma moça com maquiagem carregada, vestidinho vermelho bem curto, girando uma bolsinha,
o que é?

- Ah! - diz o entrevistador: - É uma puta!

- Sim, mas que puta? Sua irmã? Sua mulher? Ou a puta que te pariu?

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Muito bom



Amei o que essa psicóloga disse

Uia, uma psicóloga falando corretamente e um professor tendo a voz ouvida



Eu gostaria desse programa por completo

Eu me lembro...



de uma antiga fala de pais que dizia... "Se você voltar com o olho roxo, eu vou deixar o outro igualzinho ao primeiro".
Aí me lembro do que fiz a respeito:
FUGI de todas as brigas e nunca voltei pra casa roxo.

Agora, imagino que a pedagogia dessa mãe seja : "Minha filha tem que aprender a se defender na vida."

Mais uma das notícias que eu não acredito.



O que essa aluna tava fazendo na sala de aula naquele exato momento?

Mulher mata os professores



Eu queria saber onde foi esse programa. Dia, mês, ano, emissora e programa.
Outra coisa, essa mulher já foi professora?

Ou o discurso é torpe, ou a montagem do som é torpe.


Eu não sei se modificaram o som da fala desta mulher, ou se é o relato dela mesmo. Mas algumas informações estão um tanto quanto "torpes". Professores querem menos alunos em sala de aula, para que aqueles bagunceiros não se sintam mais tão à vontade para fazer piadinhas. Não vou ver o resto.

Aprovação automática



Sei. Me engana que eu gosto!

O video mostrado aqui apresenta uma indignação do jornalista


Eu considero que ele pegou pesado com alguns dos comentários, mas eles não está de todo errado.

Não sabia disso

Não respondeu à pergunta

Geraldo Alckmin e as Charter Schools

'Préolas' do ENEM


Não vou continuar a ler isso

Amor e carinho na escola?

comento depois

O mentalista

"Cada vez que respira essa fumaça pútrida e nojenta, lembre-se disso: Tem um executivo rico e gordo do tabaco, pensando no quão tolo(a) você é cada vez que você respira essa fumaça, rindo de você, com sua gorda papa com gel."

Onde foi parar o cartão de ônibus?

Escola ensina segundo antigo testamento


Tá, entendi. Mas a primeira criança que recebeu o segundo tapa, também bateu, ou não?

Professora demitida por ser humana



E com a criança não acontece nada né?

O professor não é vítima



É muito legal ouvir uma Diretora de Fundação... (então, não é uma professora) falar a respeito do professor.
Dizer que o professor deve saber enfrentar uma sala de aula (com que arma, diretora? se nos tiram mais armas todos os dias?). Alunos vulneráveis? Tem aluno apontando cacos de vidro no pescoço de professoras, não venha me dizer que esses alunos são vulneráveis.
Claro que os alunos também tem os deveres.... E ELES SABEM DISSO, DIRETORA?
O professor é um adulto... MAS ELE TAMBÉM É UM SER HUMANO!

Past pedagogie



Esse vídeo eu vou comentar depois

Professor tendo que se explicar


Dessa vez vou dar valor ao que disse o aluno. "Quem não conhece isso, é porque não sai de casa. Ele é um ótimo professor."

Educando para a revolta


Pessoas de um nível de educação mais elevado costumam participar de todas as formas de atividades políticas

Filipe Campante* e Davin Chor** / International Herald Tribune - O Estado de S. Paulo
Muitos observadores da tempestade que se abate sobre o mundo árabe concordariam num ponto: tudo isso foi  totalmente inesperado.
Embora sempre tenham existido correntes de insatisfação contra os vários ditadores, poucos poderiam prever a iminência de uma rebelião ou a escala  destas manifestações. Entretanto, vários fatores visíveis relacionados à educação, demografia e falta de oportunidades econômicas, indicavam havia  algum tempo um grau crescente de instabilidade política na região.
Embora as notícias sobre o levante no Egito falem em grande parte de uma “revolução jovem”, parecem reduzir a importância do  efeito crucial que o nível de educação cada vez mais elevado entre os jovens egípcios exerceu na explosão das críticas contra os regimes encastelados na  região.
Não há dúvida de que os participantes dos enormes protestos pertenciam a uma imensa faixa da sociedade egípcia. Mas não se pode deixar de notar que no  movimento de oposição se destacaram também engenheiros, médicos, estudantes universitários e até mesmo executivos de empresas.
Este fato coincide com um dos acontecimentos mais amplamente documentados na ciência política – as pessoas de um nível de educação mais elevado  costumam participar de todas as formas de atividades políticas, desde o ato mais básico que é o voto até os protestos públicos.
Os motivos precisos desse comportamento nem sempre são bem compreendidos. Talvez os indivíduos dotados de uma melhor formação tenham uma atitude  mais crítica em relação aos acontecimentos políticos, e estejam menos dispostos a aceitar os erros de um autocrata irresponsável.
Nossa pesquisa destacou que esta conexão entre educação e participação política muitas vezes é influenciada pela existência de oportunidades no mercado de  trabalho para pessoas de melhor formação.
Em outras palavras, a capacidade adquirida por meio da educação leva a uma tendência cada vez maior ao envolvimento político, bem como à  eficiência neste envolvimento (como demonstraram as pessoas mais versadas em computação que souberam usar o Facebook e o Twitter para sua própria  causa). Quando estas pessoas são bem recompensadas e remuneradas em suas ocupações, estão naturalmente menos inclinadas a dedicar tempo e energias a  objetivos políticos. Os países em que as oportunidades econômicas para os mais preparados são abundantes tendem a registrar um engajamento político menor por  parte das pessoas mais preparadas.
O mundo árabe não é um modelo de dinamismo econômico. As economias da região não estão voltadas para áreas do trabalho que efetivamente explorem o capital  humano adquirido por meio da educação.
Menos reconhecido é o fato de que vários destes países são os que mais investiram em educação. Dados recentes relativos a 104 países mostram que, entre 1980  e 1999, o Egito foi o quinto país de maior crescimento no mundo em termos de escolaridade média de seus habitantes, dobrando-a de apenas 2,3  anos para 5,5 anos. A Tunísia não ficou muito atrás, com um aumento de 2,5 para 5 anos de escolaridade média.
Portanto, neste ambiente são inúmeros os jovens árabes que adquirem uma educação muito mais completa do que seus pais e avós. Na falta de promissoras  perspectivas de emprego, é mais provável que eles invistam a capacidade que adquiriram em atividades políticas, não apenas mantendo blogs de conteúdo  político, mas organizando protestos na Praça Tahrir. Como eles não encontram uma saída democrática, podem chegar a desestabilizar regimes que, até muito  recentemente, pareciam exercer um total controle nos seus países.
Investir em educação é evidentemente excelente. Entretanto, ironicamente, investindo em educação sem oferecer suficientes oportunidades econômicas, os  autocratas árabes contribuíram em grande parte para a situação que agora os aflige.
Com certeza, devemos esperar que a transição democrática em curso proporcione, no fim, o crescimento e os empregos indispensáveis para que  estes países realizem seu pleno potencial econômico. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
* CAMPANTE É PROFESSOR-ASSISTENTE DE POLÍTICAS PÚBLICAS NA HARVARD KENNDY SCHOOL
**CHOR É PROFESSOR-ASSISTENTE NA SINGAPORE MANAGEMENT UNIVERSITY
OPINIÃO DO BLOGUEIRO: E é por isso que não tem muitas revoltas no bRAZIL. Porque os mais inteligentes não vão lutar por todos. E os mais mentalmente folgados, não querem virar inteligentes.

1 branco é morto no País para cada 2 negros

Mapa da Violência mostra que, em 2008, morreram 103% mais negros assassinados no Brasil; crimes contra eles não param de crescer
Lisandra Paraguassu - O Estado de S.Paulo
No Brasil, em cada três assassinatos, dois são de negros. Em 2008, morreram 103% mais negros que brancos. Dez anos antes, essa diferença já existia, mas era de 20%. Esses números estão no Mapa da Violência 2011, um estudo nacional que será apresentado hoje pelo pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz.
Os números mostram que, enquanto os assassinatos de brancos vêm caindo, os de negros continuam a subir. De 2005 para 2008, houve uma queda de 22,7% nos homicídios de pessoas brancas; entre os negros, as taxas subiram 12,1%.
O cenário é ainda pior entre os jovens (15 a 24 anos). Entre os brancos, o número de homicídios caiu de 6.592 para 4.582 entre 2002 e 2008, uma diferença de 30%. Enquanto isso, os assassinatos entre os jovens negros passaram de 11.308 para 12.749 - aumento de 13%. Em 2008, morriam proporcionalmente mais 127,6% jovens negros que brancos. Dez anos antes, essa diferença era de 39%.
Paraíba. Os dados são mais impressionantes quando se analisam números de alguns Estados. Na Paraíba, em 2008, morreram 1.083% mais negros do que brancos. Em Alagoas, no mesmo ano, foram 974,8% mais mortes de negros. Em 11 Estados, esse índice ultrapassa 200%. As diferenças são pequenas apenas nos Estados onde a população negra também é menor, como no Rio Grande do Sul, onde a diferença é de 12,5%; Santa Catarina, com 14,7%; e Acre, com 4%.
O Mapa da Violência 2011 mostra que apenas no Paraná morrem mais brancos do que negros, com uma diferença de 34,7%. Na população jovem, o campeão é Alagoas. Em 2008, morreram 1.304 % mais negros que brancos. Na Bahia, onde se concentra a maior população preta e parda do País, a diferença foi de 798,5%.
Pobres. "Alguns Estados têm taxas insuportáveis. Não é uma situação premeditada, mas tem as características de um extermínio", disse Waiselfisz, em entrevista ontem ao Estado. "A distância entre brancos e negros cresce muito rápido", ressalta.
O pesquisador credita essa diferença à falta de segurança que envolve a população mais pobre, em que os negros são maioria. "O que acontece com a segurança pública é o que já aconteceu com outros setores, como educação, saúde, previdência social: a privatização. Quem pode paga a segurança privada. Os negros estão entre os mais pobres, moram em zonas de risco e não podem pagar."
PARA ENTENDER
O Mapa da Violência utiliza o sistema de classificação de cor adotado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para simplificação, negro passou a ser adotado tanto para os que se declaram pretos quanto para os pardos. O sistema só incluiu a informação em 2002, quando 92% dos óbitos já relacionavam a cor da vítima. 
OPINIÃO DO BLOGUEIRO: É por isso que eu vivo falando pros meus estudantes que "A cada livro que você lê, você se afasta em 5 KM do presídio, da maternidade e do cemitério."

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ensino Médio: a pior etapa da educação do braziL - IG

Série especial do iG mostra por que os adolescentes perdem interesse pela escola, acabam desistindo ou não aprendem o que deveriam


Há duas avaliações possíveis em relação à educação brasileira em geral. Pode-se ressaltar os problemas apontados nos testes nacionais e a má colocação do País nos principais rankings internacionais ou olhar pelo lado positivo, de que o acesso à escola está perto da universalização e a comparação de índices de qualidade dos últimos anos aponta uma trajetória de melhora. Já sobre o ensino médio, não há opção: os dados de abandono são alarmantes e não há avanço na qualidade na última década. Para entender por que a maioria dos jovens brasileiros entra nesta etapa escolar, mas apenas metade permanece até o fim e uma pequena minoria realmente aprende o que deveria, o iG Educação apresenta esta semana  uma série de reportagens sobre o fracasso do ensino médio.
O problema é antigo, mas torna-se mais grave e urgente. As tecnologias reduziram os postos de trabalho mecânicos e aumentaram a exigência mínima intelectual para os empregos. A chance de um jovem sem ensino médio ser excluído na sociedade atual é muito maior do que há uma década, por exemplo. “Meus pais só fizeram até a 5ª série, mas eram profissionais bem colocados no mercado. Hoje teriam pouquíssimas e péssimas chances”, resume Wanda Engel, superintendente do Instituto Unibanco, voltado para pesquisas educacionais.
Ao mesmo tempo, a abundância de jovens no País está com tempo contado, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O Brasil entrou em um momento único na história de cada País em que há mais adultos do que crianças e idosos. Os especialistas chamam o fenômeno debônus demográfico, pelo benefício que traz para a economia. Para os educadores, isso significa que daqui para frente haverá menos crianças e adolescentes para educar.
“É agora ou nunca”, diz a doutoranda em Educação e presidente do Centro de Estudos e Memória da Juventude, Fabiana Costa. “A fase do ensino médio é crucial para ganhar ou perder a geração. Ali são apresentadas várias experiências aos adolescentes. Ele pode se tornar um ótimo cidadão pelas décadas de vida produtiva que tem pela frente ou cair na marginalidade”, afirma.
História desfavorável
O problema do ensino médio é mais grave do que o do fundamental porque até pouco tempo – e para muitos até agora – a etapa não era vista como essencial. A média de escolaridade dos adultos no Brasil ainda é de 7,8 anos e só em 2009 a constituição foi alterada para tornar obrigatórios 14 anos de estudo, somando aos nove do ensino fundamental, dois do infantil e três do médio. O prazo para a universalização dessa obrigatoriedade é 2016.
Por isso, governo, ONGs e acadêmicos ainda concentram os esforços nas crianças. A expectativa era de que os pequenos bem formados fizessem uma escola melhor quando chegassem à adolescência, mas a melhoria no fundamental não tem se refletido no médio.
Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a questão envolve dinheiro. Quando o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) foi criado, em 1996, repassava a Estados e municípios verba conforme o número de matrículas só naquela etapa. “O dinheiro não era suficiente para investir em tudo e foi preciso escolher alguma coisa”, diz o especialista.
A correção foi feita em 2007, quando o “F “da sigla foi trocado por um “B”, de Educação Básica, e os repasses de verba passaram a valer também para o ensino médio. “Só que aí, as escolas para este público já estavam sucateadas”, lamenta Cara.
A diferença é percebida pelos estudantes. Douglas Henrique da Silva, de 16 anos, estudava na municipal Guiomar Cabral, em Pirituba, zona oeste de São Paulo, até o ano passado quando se formou no 9º ano. Conta que frequentava a sala de informática uma vez por semana e o laboratório de ciências pelo menos uma vez por mês.

Foto: Amana Salles/Fotoarena
À esquerda, escola municipal Guiomar Cabral e, em frente, a estadual Cândido Gomide em São Paulo: diferença que pode ser percebida por quem passa é maior para quem estuda

Em 2010, no 1º ano do ensino médio, conseguiu vaga na escola estadual Cândido Gomide, que fica exatamente em frente à anterior. Só pelos muros de uma e outra, qualquer pessoa que passa por ali já pode notar alguma diferença de estrutura, mas os colegas veteranos de Douglas contam que ele vai perceber na prática uma mudança maior.
“Aqui nunca usam os computadores e não tem laboratório de ciências”, afirma Wilton Garrido Medeiros, de 19 anos, que também estranhou a perda de equipamentos quando saiu de uma escola municipal de Guarulhos, onde estudou até 2009. Agora começa o 2º ano na estadual de Pirituba, desanimado: “Lá também tinha mais professor, aqui muitos faltam e ninguém se dedica.”
Até a disponibilidade de indicadores de qualidade do ensino médio é precária. Enquanto todos os alunos do fundamental são avaliados individualmente pela Prova Brasil desde 2005, o ensino médio continua sendo avaliado por amostragem, o que impossibilita a implantação e o acompanhamento de metas por escola e aluno e um bom planejamento do aprendizado.
A amostra, no entanto, é suficiente para produzir o Índice da Educação Básica (Ideb), em que a etapa é a que tem pior conceito das avaliadas pelo Ministério da Educação. Foi assim desde a primeira edição em 2005, quando o ensino médio ficou com nota 3,4; a 8ª série, 3,5; e a 4ª série, 3,8; em uma escala de zero a 10. Se no ensino fundamental ocorreu uma melhora e em 2009 o conceito subiu, respectivamente, para 4 e 4,6, os adolescentes do ensino médio não conseguiram passar de 3,6.
“A etapa falha na escolha do conteúdo, que não é atrativo para o estudante, e também não consegue êxito no ensino do que se propõe a ensinar”, diz Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil e colunista do iG que escreverá artigos especialmente para esta série, que durante os próximos dias conduzirá o leitor a conhecer o tamanho do problema e refletir sobre possíveis soluções.
Acompanhe esta semana:
Terça-feiraPor que o adolescente perde o interesse pela escola?
Quarta-feira: O que significa a má qualidade indicada nos índices?
Quinta-feira: Falta o mínimo: professores qualificados
Sexta-feira: Iniciativas que podem mudar este quadro