'Exercício ensina a permanecer sereno e positivo diante da vida'
15 de abril de 2012 | 3h 06
O Estado de S.Paulo
"Há mais ou menos um ano, decidi que era hora de pôr em prática alguns dos conselhos mais recorrentes sobre a manutenção de uma boa saúde. Estava sedentária havia algum tempo e fazer ioga me pareceu uma boa alternativa para cuidar tanto da parte física como da mental. Dois coelhos com uma cajadada só. E ainda seria poupada dos ambientes tão chatos das academias.
Os primeiros efeitos que senti foram os físicos: mais força nos braços, pernas, abdome e costas. Ao contrário do que comumente se imagina, a aula de ioga não consiste só em respirações, mantras, relaxamentos e alongamentos. A resistência física e a força muscular são exigidas ao máximo e o aluno é estimulado a se superar, sempre respeitando seus limites.
Tanto é que, a partir da segunda aula, passei a levar comigo uma toalhinha para enxugar o suor do rosto. Foi nesse esforço pela superação que, quase sem perceber, comecei a exercitar também o controle sobre a mente. Afinal, como diz meu professor, a mente se cansa antes do corpo. Se conseguirmos controlá-la, ela vai permitir que nosso corpo nos leve aonde queremos chegar.
E assim as posições que antes pareciam impossíveis iam sendo alcançadas pouco a pouco: a invertida sobre a cabeça (sirshássana), por exemplo, foi minha última conquista.
Dizem que esta posição traz benefícios para o sistema circulatório e promove um aumento da oxigenação do cérebro. Pode ser também que o fato de ver o mundo de cabeça para baixo por alguns minutos ajude a ter uma perspectiva diferente da realidade.
No aspecto emocional, a ioga ensina a permanecermos serenos e positivos diante da vida e a respirarmos da maneira correta mesmo nos momentos de estresse. Nos ensina que o equilíbrio é sempre a melhor solução. Daí até pôr tudo isso em prática, ainda é um longo caminho que estou só começando a percorrer."
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