terça-feira, 24 de julho de 2012

Exame para medicina


Cremesp institui exame obrigatório para formados em Medicina

A partir deste ano, graduados em São Paulo deverão fazer prova que fiscaliza a qualidade do ensino para adquirir o registro profissional

Marina Morena Costa - iG São Paulo  - Atualizada às 
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) tornou obrigatória a participação em seu exame de todos os médicos recém-formados para adquirir o registro profissional. A aprovação não é necessária para adquirir o registro, somente a participação na prova. O objetivo do Conselho é fiscalizar a qualidade do ensino e ajudar as universidades a aperfeiçoarem os seus cursos.
Em sete anos de história, o exame constatou que 46,7% dos participantes saíram das faculdades despreparados, sem condições mínimas de exercer a Medicina. “Esperamos que com a divulgação desses resultados, que certamente serão ruins, a sociedade discuta a questão da qualidade do ensino. Estamos fazendo isso em defesa da sociedade. Nenhum paciente merece ser atendido por um médico mal formado”, disse o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior.
O conselho apoia e espera estimular a aprovação do projeto de lei 217/2004, do Senado Federal, que cria o Exame Nacional de Habilitação para médicos e o define como pré-requisito para o exercício da Medicina.
Todos os formados em 2012 e os médicos que ainda não tem registro no Cremesp devem fazer a prova. Estão dispensados os médicos que já possuem inscrição em outros conselhos regionais, e que solicitam inscrição secundária ou transferência para o Cremesp; médicos que já possuem inscrição ou pedido de inscrição em andamento.
Será enviado um boletim de desempenho para o participante da prova, com sua nota geral e o desempenho por área da Medicina. As faculdades também irão receber o relatório de desempenho dos seus alunos, comparado com as notas médias de todos os participantes, mas será divulgado somente o resultado geral.
Novos cursos
Em junho deste ano, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a criação de mais 2.415 novas vagas de Medicina em universidades federais e particulares. A decisão foi criticada pelo Cremesp e pelo Conselho Federal de Medicina. “Temos muita preocupação com a abertura indiscriminada de novos cursos, sem nenhuma preocupação com a formação. O Ministério da Saúde tem atuado de maneira demagógica, afirmando que o problema da saúde é a falta de médicos. Essa é uma resposta medíocre”, critica Braulio Luna Filho, primeiro-secretário do Cremesp.
Luna Filho participou de uma Comissão de Supervisão dos cursos de Medicina, formada pelo Ministério da Educação, durante a gestão de Fernando Haddad na pasta. A recomendação da equipe foi o fechamento de cursos e não abertura de novas vagas. “Temos 380 mil médicos no País, mas eles não vão trabalhar onde o governo quer, porque eles pertencem à classe média alta. Não se resolve o problema da distribuição de médicos aumentando o número de profissionais”, afirmou.
O Cremesp é o primeiro conselho regional de Medicina do País a instituir um exame obrigatório para a concessão do registro profissional. Até então, a prova aplicada era opcional e, na última edição, apenas 16% do total de formados participou da avaliação.
A entidade afirma contar com o apoio dos sindicatos, de conselhos regionais, associações médicas e de pelo menos 16 das 28 instituições de ensino superior do Estado de São Paulo que formam médicos neste anos. Outras duas faculdades ainda não formaram turmas em 2012.

Funk, segundo a wikipedia


Funk

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Funk
Informações gerais
Origens estilísticasA partir da soul music com bastante ênfase nas batidas, influências do Rhythm and BluesJazz e do Rock Psicodélico
Contexto culturalmetade da década de 1960 Estados Unidos(especialmente emMemphis e Detroit)
Instrumentos típicosVocalGuitarra elétrica - Baixo -Bateria - Teclados (Órgão Hammond - Clavinet -Sintetizador) - Metais
PopularidadeAlta nos anos 70, teve revival das batidas no funk metal
Formas derivadasDisco Music - Krautrock - post-punk - house music - hip hop -Electro - drum and bass - R&B Contemporâneo
Subgêneros
Go-go - Deep Funk
Gêneros de fusão
Acid Jazz - Punk funk - Afrobeat - Funk metal -Funk rock - Funkcore - Jazz funk - Blues funk -Electro Funk - G-funk - Samba Funk
Outros tópicos
Groove
Funk é um gênero musical que se originou na segunda metade da década de 60 quando músicos afro-americanos, misturando souljazz e R&B, criaram uma nova forma de música rítmica e dançante. O Funk tira o ênfase da melodia e da harmonia e traz um groove rítmico forte de baixo elétrico e bateria no fundo. Músicas de Funk são comumente baseadas em um acorde apenas, distinguindo-se das músicas de R&B, que são centradas nas progressões de acordes.
Funk pode ser melhor reconhecido por seu ritmo de batidas repetitivas sincopado, pelos vocais de alguns de seus cantores e grupos (como Cameo, ou The Bar-Kays). E ainda pela forte e rítmica seção de metais, pela percussão marcante e ritmo dançante. Nos anos 70 o funk foi influência para músicos de jazz (como exemplos, as músicas de Miles DavisHerbie HancockGeorge DukeEddie Harris entre outros).

Índice

  [esconder

[editar]Funk

Os músicos negros norte-americanos primeiramente chamavam de funk à música com um ritmo mais suave. Esta forma inicial de música estabeleceu o padrão para músicos posteriores: uma música com um ritmo mais lento, sexy, solto, orientado para frases musicais repetidas (riffs) e principalmente dançante.
Funk era um adjetivo típico da língua inglesa para descrever estas qualidades. Nas jam sessions, os músicos costumavam encorajar outros a “apimentar” mais as músicas, dizendo: Now, put some stank (stink/funk) on it!” (algo como “coloque mais ‘funk’ nisso!”).
Num jazz de Mezz Mezzrow dos anos 30, Funky Butt, a palavra já aparecia. Devido à conotação sexual original, a palavra funk era normalmente considerada indecente. Até o fim dos anos 50 e início dos 60, quando “funk” e “funky” eram cada vez mais usadas no contexto da soul music, as palavras ainda eram consideradas indelicadas e inapropriadas para uso em conversas educadas.
A essência da expressão musical negra norte-americana tem suas raízes nos spirituals, nas canções de trabalho, nos gritos de louvor, nogospel e no blues.
Na música mais contemporânea, o gospel, o blues e suas variantes tendem a fundir-se.
O funk se torna assim uma fusão do soul, do jazz e do R&B.

[editar]James Brown, e o funk como gênero musical

Somente com as inovações de James Brown em meados dos anos 60 é que o funk passou a ser considerado um gênero distinto. Na tradição do R&B, estas bandas bem ensaiadas criaram um estilo instantaneamente reconhecível, repletos de vocais e côros de acompanhamento cativantes. Brown mudou a ênfase rítmica 2:4 do soul tradicional para uma ênfase 1:3, anteriormente associada com a música dos brancos - porém com uma forte presença da seção de metais.[1] Com isto, a batida 1:3 virou marca registrada do funk 'tradicional'. A gravação de Brown feita em 1965, de seu sucesso "Papa's Got a Brand New Bag" normalmente é considerada como a que lançou o gênero funk, porém a música Outta Sight, lançada um ano antes, foi claramente um modelo rítmico para "Papa's Got a Brand New Bag." James Brown e os outros têm creditado a criação do gênero a Little Richard que em turnê com sua banda The Upsetters, com Earl Palmer na bateria, em meados dos anos 50, como sendo a primeira a colocar o funk na batida do rock 'n' roll.[2] Após a sua saída temporária da música secular para se tornar um evangelista, alguns dos membros da banda Little Richard, se juntaram a Brown e à sua banda Famous Flames, começando uma sequência de sucessos em a partir de 1958.

[editar]Década de 1970 e atualidade

Nos anos 70George Clinton, com suas bandas Parliament, e, posteriormente, Funkadelic, desenvolveu um tipo de funk mais pesado, influenciado pelo jazz e Rock psicodélico. As duas bandas tinham músicos em comum, o que as tornou conhecidas como 'Parliament-Funkadelic'. O surgimento do Parliament-Funkadelic deu origem ao chamado P-Funk', que se referia tanto à banda quanto ao subgênero que desenvolveu.
Nos anos 80 o funk tradicional perdeu um pouco da popularidade nos EUA, à medida que as bandas se tornavam mais comerciais e a música mais eletrônica. Seus derivados, o rap e o hip hop, porém, começaram a se espalhar, com bandas como Sugarhill Gang eSoulsonic Force (em parceria com Afrika Bambaataa). A partir do final dos anos 80, com a disseminação dos samplers, partes de antigos sucessos de funk (principalmente dos vocais de James Brown) começaram a ser copiados para outras músicas pelo novo fenômeno das pistas de dança, a house music.
Nesta época surgiu também algumas derivações do funk como o Electro que fazia grande uso de samplersCaixas de ritmos esintetizadores. Tais ritmos se tornaram combustível para os movimentos Break e Hip Hop.
Os anos 80 viram também surgir o chamado funk-metal (também conhecido como funk rock), uma fusão entre guitarras distorcidas de heavy-metal ou rock e a batida do funk, em grupos como Red Hot Chili Peppers (rock) e Primus (metal).

Puxa, mesmo?


PS: Desconsiderem tudo o que eu comentar, pois uso a ironia.
Canta, dança, sem parar (até os joelhos terem uma distensão muscular?)
Sobe, desce, como quiser (até escorregar da escada?)
Sonha, vive, como eu (rebolando assim?)
Pula, grita, ô ô ô ô ô ô...
Não segure muito teus instintos (É, vou fazer como no gta)
Porque isso não é natural (Pois é...)
Sai do sério, fala Alto, dá um grito forte, (Na orelha da mãe, por favor)
Quando queira gritar
É saudável, relaxante, recupera
E faz bem a cabeça
Por isso
canta, dança, grita ô ô ô ô ô ô ô
Vá em frente, entra numa boa
Porque a vida é uma festa (só se for pra você)
Não controle, não domine, não modere (fala isso pra quem fuma e bebe, né?)
Tudo isso faz muito mal (você é médico?)
Deixe que a mente se relaxe
Faça o que mandar o coração (você é louco?)
Por isso
canta, dança, grita ô ô ô ô ô ô ô
Não se reprima
Não se reprima
Não se reprima
Não se reprima
Não se reprima
Pode gritar
Não se reprima
Não se reprima
Não se reprima
Dança, canta, sobe, desce, vive, corre e pula como eu!
Canta, dança, sem parar
Sobe, desce, como quiser
Sonha, vive, como eu
Pula, grita, ô ô ô ô
Chega de fugir, de se esconder
E de deixar a vida pra depois (não entendi)
Não persiste mais, se o mundo gira, (O mundo gira?)
O tempo corre, nada vai te esperar (isso é verdade, tenho q estudar agora)
Entra de cabeça nos seus sonhos (melhor seria transformar sonhos em planos, né?)
Só assim você vai ser feliz
Por isso canta, dança, grita, ô ô ô ô ô ô
(Refrão)

Curso para quem já tem 15 anos

terça-feira, 17 de julho de 2012

Falta projeto nacional


Entrevista

"Empresários não investem porque falta projeto nacional"

Octávio Costa   (ocosta@brasileconomico.com.br)
16/07/12 14:40
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Lessa elogia a ex-aluna na Unicamp, mas com uma ressalva : “Dilma conhece os problemas da economia a fundo. Mas é tímida nas decisões”
Lessa elogia a ex-aluna na Unicamp, mas com uma ressalva : “Dilma conhece os problemas da economia a fundo. Mas é tímida nas decisões”

Comunidade

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Nome forte do estruturalismo, Carlos Lessa diz que o modelo de incentivo ao consumo deu certo, mas não é suficiente. Com a crise, é preciso aumentar a taxa de investimento privado.
Aos 76 anos, o professor Carlos Lessa é um dos economistas mais respeitados do país.
Com Maria da Conceição Tavares e Antonio Barros de Castro, ele formou o trio de ferro da escola estruturalista que ainda hoje exerce grande influência na teoria econômica, ao dar destaque ao estudo das estruturas de produção em contraponto ao liberalismo.
Inspirados nas lições de Celso Furtado e de Inácio Rangel, os amigos Lessa e Castro lançaram em 1967 uma obra que se tornou clássica em toda a América Latina e está na 47ª edição: "Introdução à Economia: Uma Abordagem Estruturalista".
As vendas do livro "Castro-Lessa", como é conhecido no meio acadêmico, já somam 500 mil exemplares.
Presidente do BNDES no primeiro governo Lula, Carlos Lessa foi afastado em novembro de 2004 depois de fazer pesadas críticas ao então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pela política de taxas de juros elevadas.
Coisas da vida de Lessa. No momento, ele está afastado da petista Conceição, por divergências políticas. Irreverente e rápido no gatilho, é apontado por unanimidade como brilhante conferencista e orador. Sempre crítico e independente, costuma entremear a análise profunda da realidade com expressões fortes.
Foi o que ele fez nesta entrevista exclusiva ao Brasil Econômico. Professor emérito do Instituto de Economia da UFRJ e fundador do Departamento de Economia da Unicamp, Lessa está muito preocupado com o cenário atual.
Mas discorda daqueles que consideram esgotado o modelo de incentivo ao consumo. "O endividamento das famílias é um processo clássico de funcionamento de qualquer economia capitalista. Pode ser extremamente virtuoso", explica.
Diante do agravamento da crise internacional, o que mais prejudica a economia brasileira, na visão de Lessa, não é o contágio externo, mas, sim, o baixo nível de investimento privado.
"O empresário só se endivida e amplia a capacidade se tiver um horizonte firme de expansão, de crescimento da economia como um todo", explica. Mas isso não está acontecendo agora, diz ele.
"O governo manda sinais ambíguos, dá uma no cravo e outra na ferradura. E os empresários, quando veem sinais confusos, se retraem." O professor considera incoerente, por exemplo, se falar de aumento do superávit primário e ao mesmo tempo apostar no crescimento.
Para Lessa, "o quadro geopolítico não está para peixe" e só existe um caminho para contornar de vez os obstáculos: uma sinalização inequívoca com um projeto nacional de desenvolvimento.
Quais seriam as bases desse projeto? "A habitação é chave. Em segundo lugar, o investimento em energia. Para fechar o tripé, investimento no sistema de transporte, que é a maior perversidade brasileira", ataca Lessa.
E faz uma ressalva elogiosa à presidente Dilma Rousseff: "Ela sabe tudo isso, foi minha aluna e da Conceição na Unicamp. Conhece os problemas da economia a fundo. Mas é tímida nas decisões".
Alguns analistas afirmam que o modelo de incentivo ao consumo que vem sendo adotado desde 2009 se desgastou como munição anticíclica. O senhor concorda?
Em princípio, não. O endividamento das famílias é um processo clássico de funcionamento de qualquer economia capitalista. Pode ser um modo de reativar a atividade da economia.
Se o nível de utilização da capacidade produtiva estiver muito baixo e as famílias estiverem ansiosas por ter acesso aos bens, o sistema de financiamento é eficaz.
Eleva o emprego, a renda das famílias e a arrecadação de impostos. O endividamento familiar é virtuoso para a indústria automobilística, para a eletroeletrônica, para a linha branca e virtuosíssimo para a indústria imobiliária.
O início do chamado milagre brasileiro, em 1968, se deu com o BNH e o SFH. Na época, a retomada baseou-se principalmente na construção civil. Os governos do PT, desde Lula, também lançaram mão disso.
Na cabeça do brasileiro, a compra de um bem durável é aumento patrimonial. A experiência do povão é que se tiver um bem durável - um automóvel, uma geladeira, etc - tem algo para dar em garantia quando não tiver renda. Estou fazendo um rodeio para dizer o seguinte: deu muito certo!
Mas por que o endividamento agora não está surtindo efeitos virtuosos sobre a economia?
Por um pequeno detalhe: o endividamento familiar só é virtuoso quando o poder público e as empresas elevam a taxa de investimento.
Para os economistas, investimento é a ampliação da capacidade produtiva. Ou seja, se as pessoas compram mais automóveis é de se esperar que a indústria automobilística aumente suas instalações. E encomende engenharia industrial, prédios, equipamentos.
Tudo isso dinamiza a economia. Essa é a ideia. Mas a empresa privada só se endivida e amplia a capacidade, se tiver um horizonte firme de expansão, de crescimento da economia como um todo, de mercado a longo prazo.
Por que as empresas no Brasil desfrutaram da dívida das famílias e não investiram? Porque o sinal que o governo mandava era ambíguo. Dava uma no cravo outra na ferradura.
Dizia que a prioridade é o combate à inflação e o aumento do superávit primário para pagar a dívida pública, e ao mesmo tempo falava de crescimento. Os empresários, quando veem sinais confusos, se retraem.
Pode-se concluir, então, que o problema da economia não é o excessivo endividamento das famílias?
Não. Como eu disse, o endividamento pode ser virtuoso ou pecaminoso. O problema brasileiro, que já vem dos anos 90, é a ausência de um projeto nacional de desenvolvimento.
Os empresários não sabem para onde o Brasil vai. Se eu fosse empresário, estaria o tempo todo me perguntando o que vai acontecer daqui a cinco ou seis anos. Claro, se eu sou dono de uma lanchonete, eu quero saber o que está acontecendo no quarteirão.